segunda-feira, 13 de setembro de 2010
Encerro este ciclo.
sábado, 11 de setembro de 2010
Inflando.
terça-feira, 24 de agosto de 2010
Novamente, esvaziando-se.
Desta vez, o esvaziar se concreta de outra forma. Não é o vazio que tomará conta de um espaço/tempo vazio. Mas isto se projetará de forma que a primeira pessoa do singular não pertença mais a esta esvazio. Ou seja, há o esvaziamento da primeira pessoa do singular. Desta forma, acaba-se por esvaziar da nostalgia e melancolia que a primeira pessoa do singular carrega consigo.
Este esvaziamento tão necessário há uma condição humana em particular, carrega consigo sintomas que será abolidos para o surgimento de uma nova vertente da produção humana em particular. O sentido lógico das situações renovará-se consigo mesmos. E a lógica da situação será outra que nem por ela própria poderia ser formulada/inventada.
Não seria mais a verdade tão buscada. Na verdade, a inverdade tornar-se-ia tão desejada que não havia de negar que há uma verdade implantada no fundo de seu alma. Tendo em vista que a verdade tendem variações onde há inverdades inseridas nela. E consequentemente, a inverdade será tão almejada e desejada por todos que grãos de verdade surgiram em seu ventre. Este surgimento não se realizará porque há verdade na inverdade. E sim, por desejarem tão vorazmente a inverdade que inevitavelmente tornará-se verdade. Não por ser verdade. Mas pelo desejo a tornar verdade para o determinado público. Já que o conceito de verdade e inverdade estão tão próximos e misturados numa solução homogênea que é difícil separá-los. E pra que o fazer? A condição humana em particular aqui presente não senti a necessidade de saber o que é verdade e o que é inverdade. Ambas apenas existem, assim como sabemos as existência de ar e vento. Quem dirá o que é o quê?
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
Esvaziando,
Caminhando sobre pedras, ouço os barulhos de asas de uma borboleta, vou tornando menos matéria e mais ar. Não adianta fingi que nada está acontecendo, quando estou aqui esperando que o tempo volte.
Fico imaginando meus atos no sentido anti-horário do tempo; querendo focalizar meu olhar em algo concreto. Para não mais focalizar, no infinito o vazio.
Ainda sinto o vento na pele, mas vamos nos tornando um só; cada vez mais e mais. Há uma válvula de escapa em alguma parte de meu corpo, estou esvaziando sem poder evitar. Não me sinto mais vazia, aliás não sinto mais nada. Meus pensamentos vão saindo de mim. E continuo andando, enquanto meu corpo ainda obedece este comando.
E não demora muito para parar de vez. Deito-me sobre a grama, e fico a observar o céu. Ele estava tão diferente do que costumava ser. Era mais brilhante e ao menos tempo mais calmo, suave. O vento forte levava partes de mim. Eu ia me perdendo. Esvaziando até desaparecer.
quinta-feira, 24 de junho de 2010
Segundos mágicos.
quinta-feira, 10 de junho de 2010
Tudo se clareou, como se o sol tivesse chegado mais próximo. E de repente, eu estava num carro indo em direção à um lugar desconhecido. Aquele rosto familiar, mas não indentificável. Aqueles sorrisos.
Não conseguia me comunicar; as pessoas falavam uma língua estrangeira dentro da própria língua. Ou fora eu quem falava? Primeira pessoa do singular; depois terceira pessoa do plural. Não sabia mais que pessoa, a pessoa deveria ser.
Mais um encontro. Havia ali uma rainha. E ela sabia quem erámos nós.
quinta-feira, 13 de maio de 2010
Pecado
quinta-feira, 15 de abril de 2010
Vermelho e flores
Flores, muitas flores no espaço. Passos lentos, movimentos delicados; vento leve.
De repente, uma voz, um encontro. Um abraço.
Sorrisos.
Carinho.
Machucar aqueles flores não poderia. Delicadas demais eram...
E de repente, um toque. Um único toque,
para que flores caíssem no chão; machucadas. Mortas.
terça-feira, 23 de março de 2010
Parada.
Árvores brincaram animadas na esquina da rua. Suas pequenas brincadeiras me fizeram sentir o frio de uma noite que só estava começando.
Ouvi passos que passavam por mim, ignorando me presença. Passos apressados. Sempre.
Palavras soavam perto, palavras soltas, livres, alegres, tristes e dispersas. Voavam...
Aos poucos, senti moléculas de água em meu rosto. Aos poucos, bem aos poucos. Primeiro, uma; depois outra. Uma molécula caiu em meus cílios, o que se tornou um prisma diante de meus olhos. Era o meu arco-íris particular, deformado, único.
A junção de todas estas moléculas geraram uma gota que corria sobre minha face. O conjunto de gotas formou uma correnteza que passava por meu rosto. Senti água por entre meus dedos. Meu cabelo não fazia movimento algum. A visão estava turva.
Os pensamentos tinham voado para muito longe. Havia uma bola de ar condensado dentro de mim. Era esta condensação que fazia-me pesada. Mas bastava passa a mão por dentro, que logo sentiria o vazio. Estava vazia. Era frio.
Tudo estava desfocado.
A luz estava fria.
Fotografia ruim.
Meus olhos fitavam algo que estava acima da linda do horizonte. Fui saindo de mim. Liberdade. A nítidez começou a desabrochar. Não demorou muito para que a fotografia ficasse focada. Vi meu casulo. Ali, parada. Molhada. Chuva.
Molhada estava. A chuva cantava para mim. E eu hipnotizada continuava ali, parada.
Era a chuva quem lavava minh'alma. Era a chuva quem me adorava.
Chuva.
Eu ali, parada.
sábado, 20 de março de 2010
Caminho devagar, há galhos quebrados e jogados no chão que podem machucar muito meus pés. Então, continuo caminhando devagar. Sinto gotículas de água impregnando meu corpo. São os orvalhos da madrugada presente na superfície de cada folha, em cada árvore.
Quanto mais ando, sinto o chão ficar mais perigoso, me machucar cada vez mais. Algo me atrai naquele lugar. Acho que se continuar andando, vou encontrar um lugar melhor. Onde vou poder passar a noite.
Os insetos da mata ficam curiosos com uma presença inusitada como a minha. Alguns deles desejam provar meu sangue para saber de qual espécie pertenço. Ouço o zumbido deles e sinto pontos de dor na minha pele. Talvez, eles queiram sujar meu sangue até que ‘fonte’ acabe.
Chego a um estágio que não sinto mais dor em meus pés, na pele, no corpo... Não sinto nada. Percebo neste momento que tudo seria mais fácil se não houvesse sentimentos e dores. Ou melhor, comprovo este fato neste exato momento.
Vejo distante ainda, um rio que cruza meu caminho. Fico ansiosa para chegar lá. Resolvo correr, correr em busca de algo que nem sei ao certo o que seria. Corro! Ao chegar bem perto do rio, desacelero e fico a contemplar. A lua refletia na superfície da água. Ela estava linda como sempre. E era como um sorriso fino me chamando para senti-la.
Vou descendo o rio, ao poucos meus pés sentem a água. É uma sensação muito boa. A água vai cobrindo meu corpo e não consigo parar de andar.
Pouco depois não sinto mais o chão. Estou flutuando, olhando a lua.
Navego por este rio tão encantador. Minha visão vai aos poucos ficando cada vez mais borrada. A lua se torna apenas um ponto claro, sem contornos. Sinto água entrando pelos meus ouvidos. Meu rosto fica coberto pela água. Enxergo o fundo do rio, e durmo num sono profundo.
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010
Beirando a loucura.
Sigo em frente, de cabeça baixa, pensando. Não quero ver o que me circunda. Ah não, fala sério! Não gosto de analisar o que se passa ao redor, tenho certeza de que não me agradará mesmo. Ora.
Pois bem, continuo beirando a loucura. Ainda não tinha reparado que ela tem um charme muito interessante. Me atrai peso. Nossaa! Fico pensando como seria se eu deixasse-me envolve por este charme. Não sei se eu ainda seria eu, ou se ela me tornaria uma louca como outra qualquer.
De repente, não percebendo o que está acontecendo comigo; começo a andar de uma lado para o outro, sem parar. Não paro, continuo andando, andando. Não sinto dor na perna, não sinto nada. Aquilo de alguma forma, me ajuda. Não sei explica como, mas ajuda.
Tenho vontade de gritar; gritar um 'NÃO' para a multidão.
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
"Você gosta de ficar neste caos?" - uma voz pergunta.
"Não!" - respondi com toda convicção possível.
Apesar de não gostar desse caos, permaneço no mesmo lugar. Parado. Sem a
mínima vontade de sair daí. Na verdade, a vontade é tanta que acabo ficando
paralisado.
Confuso?
O que será que está acontecendo?
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
Sonho
segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
Então, como quem vai à esquina, ela se foi para nunca mais voltar.
De início, pensei que tinha dito algo que a magoou. Fiquei pensando um bom tempo nisto. Mas de acordo com minhas lembranças, eu mais a tinha escutado do que falado de fato. Ouvi todos seus lamentos, seus progressos e evoluções pessoais. Não posso negar que foi muito bom ouvir palavras que me fizeram perceber que já não mais conversava com uma menina. Não, era uma mulher que estava em minha frente, caminhando para a maturidade ou já se encontrava por lá.
De repente, foi tudo culpa da maturidade. Sim, foi ela a culpada. Porque depois de um tempo, tudo fica mais claro e frio, vamos perdendo toda ingenuidade. Apesar de que, há exceções. Mas no caso dela, especificamente dela não era exceção; era a confirmação de tal fato.
Ela tinha perdido sua ingenuidade e pureza. A maturidade queria a sucumbir por inteira; e eu não sabia se ela tinha permitido ou se aconteceu sem que ela percebesse ou se lutou contra isto e não obteve êxito. Não sabia que quase nada, pra falar a verdade.
Em alguns momentos, ela era ríspida em suas palavras. Falava com muito segurança e fé no que dizia quando citava fatos da vida. Depois de ouvi-la por um bom tempo, tudo parecia mais normal. E de certo modo, muitas coisas são. Só que as dimensões de fatos dependem de como lidamos com eles.
Ela parecia um anjo falando. Ou melhor, uma alma muito vivida e que depois de milhões de encarnação tem créditos para falar sobre a vida. Ela nem dá o valor que damos a vida, já que sabe que esta é apenas mais uma passagem, com reencontros, criação, conhecimentos novos e despedidas.
Então, como quem vai à esquina, ela se foi para nunca mais voltar. E eu estou aqui a esperá-la, tentando ainda absorver tudo que tinha me dito.